Professor da FIC faz alerta sobre risco de desaparecimento do patrimônio arquivístico do Amazonas
O professor do curso de Arquivologia e Coordenador Acadêmico da FIC/Ufam, Alexandre Costa, fez um alerta sobre a importância da conservação de arquivos em instituições públicas e estaduais.
O artigo “Risco de desaparecimento do patrimônio arquivístico no estado do Amazonas”, publicado na última sexta-feira (11), no Portal À Crítica, ressalta a necessidade de arquivistas atuarem em espaços públicos e privados, garantindo a gestão qualificada de documentos e a transparência no acesso à informação.
No Amazonas, os profissionais da área enfrentam percalços que prejudicam o acesso à matéria-prima deste trabalho: os arquivos. Segundo o professor Alexandre Costa, a ausência de arquivistas em empresas privadas e instituições públicas, estaduais e municipais impede o trabalho de gerenciamento e organização do patrimônio arquivístico, colocando-o sob risco de desaparecimento.
Em entrevista à Comissão de Comunicação da FIC, o docente destacou que o cenário requer maior reconhecimento e a contratação de profissionais de arquivologia. “Com este reconhecimento, poderemos ter concursos públicos nos âmbitos estadual e municipal, será possível pleitearmos vagas para profissionais qualificados para o planejamento, a direção e a organização de serviços de arquivos capazes de serem facilitadores em empresas e organizações privadas”, afirmou Costa.
O texto chama atenção para a importância de conservar os espaços de memória, mas sem restringir a atuação arquivística apenas ao setor cultural. As instituições detêm uma gama de arquivos que, quando trabalhados por especialistas, têm potencial para desenvolver programas de gestão e materiais propositivos, contribuindo para diversos setores, como indústria, turismo, economia e gestão pública. “Entendo que há uma necessidade de desenvolvermos, do ponto de vista de infraestrutura, uma série de outros serviços”, ressaltou o professor da FIC.
O trabalho de preservação realizado na FIC
Atualmente, o curso de Arquivologia conta com o Núcleo de Pesquisa em Arquivologia (NuPEArq), um projeto de extensão desenvolvido por professores em parceria com alunos, voltado à produção e divulgação científica na área da arquivologia. O curso também conta com quatro laboratórios de pesquisa, sendo um deles, o Laboratório de Pesquisa em Arquivologia, História e Patrimônio (Archivum), o primeiro da região Norte com foco na preservação do patrimônio documental do Amazonas. Todos os laboratórios são dirigidos por professores do curso e agregam os três pilares da Universidade: ensino, pesquisa e extensão.
O trabalho de divulgação de conhecimento não se limita ao ambiente universitário. O projeto “Diálogos com a Arquivologia”, liderado pelo Coordenador do Curso de Arquivologia, prof. Leandro Aguiar, visa debater com a sociedade temas centrais e interdisciplinares relacionados à Arquivologia. Recentemente, o prof. Alexandre Costa teve um artigo de sua autoria divulgado em Gante, na Bélgica, e noticiado no site oficial do Governo Federal.
O empenho do corpo docente da FIC em projetos de extensão e pesquisa contribui para a propagação de conhecimento para além dos limites da Universidade. Esse engajamento também permite propor avanços na gestão e organização do patrimônio arquivístico, cenário que ainda não se repete em espaços de uma parcela dos setores públicos e privados. “Urge que os arquivistas ocupem esses espaços. Tenho certeza que ganhará o Amazonas e seus municípios, ganhará as empresas privadas, ganhará os arquivistas e a Arquivologia”, concluiu o professor o Coordenador Acadêmico da FIC.
Leia o artigo na íntegra: https://www.acritica.com/opiniao/artigos/risco-de-desaparecimento-do-patrimonio-arquivistico-no-estado-do-amazonas-1.353749
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