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FIC e ACNUR realizam curso de Comunicação Humanitária para estudantes e profissionais

  • Publicado: Quarta, 21 de Fevereiro de 2024, 16h09
  • Última atualização em Quarta, 21 de Fevereiro de 2024, 16h11

 

A intenção foi qualificar os profissionais locais e estudantes em formação para lidar com mais empatia, solidariedade e profissionalismo com as questões inerentes à presença de pessoas refugiadas no estado do Amazonas

Como noticiamos em nossas redes ao longo da semana, a FIC fez uma parceria com a Agência da ONU para Refugiados (ACNUR) sediada em Manaus, para ministrar um treinamento voltado, inicialmente aos alunos de Comunicação da FIC.

Por conta da grande repercussão do tema, a Faculdade decidiu estender as inscrições gratuitas ao público em geral, inclusive profissionais de jornalismo atuantes no mercado. Como resultado, o auditório Rio Negro (localizado no Setor Norte da Ufam) teve sua lotação máxima esgotada na manhã desta quarta-feira.

Alguns jornalistas presentes no evento falaram sobre a importância desta abordagem humanizada para retratar nos veículos de comunicação uma temática sensível e polêmica como esta, das pessoas refugiadas:

“Para mim, este curso foi uma excelente oportunidade para que nós, jornalistas, possamos exercitar nossa prática com mais responsabilidade e humanidade. Afinal, essas pessoas já estão em condições extremas de sofrimento e não merecem ser ainda mais estereotipadas e perseguidas pela mídia. Até mesmo por pura ignorância, a imprensa muitas vezes coloca rótulos negativos nas pessoas, e isso pode, além de influenciar a sociedade, deixar marcas irreversíveis na vida do ser humano”, destacou João Luiz Onety, repórter da Record TV-AM.

“Na minha visão, cursos como este nos convidam a fazer uma reflexão profunda sobre o nosso papel na sociedade. Nos mostram que nós, antes de sermos profissionais de Comunicação ou de qualquer outra área do conhecimento, somos seres humanos, e como tal, devemos sempre estar com a mente aberta para valorizar e contar bem as histórias de vida dessas pessoas. E esta é uma realidade que vivemos aqui em Manaus, principalmente com os venezuelanos, agora. Foi muito bom perceber este novo olhar, uma visão e forma de escrever mais humanizada, que me deu uma nova perspectiva sobre o meu trabalho de repórter. Aproveito a oportunidade para agradecer a FIC e a ACNUR, por nos proporcionar este momento. Foi muito agregador e vou levar para a vida”, ratificou Gabriel Ferreira, repórter do site regional BNC.

A editora-chefe do portal de notícias Ecos da Amazônia, jornalista Bruna Lira, também fez questão de destacar a importância desse tipo de abordagem para um profissional de comunicação frente aos temas de pessoas refugiadas e/ou imigrantes por motivos de violência, desastres, perseguições políticas, religiosas ou crises socioeconômicas:

“Antes de ser profissional é necessário ser humano o suficiente para reconhecer as diferenças e contextos, peculiaridades de pessoas e sociedades distintas. Isso faz toda diferença na abordagem informacional de casos envolvendo pessoas emocionalmente fragilizadas. O curso de hoje foi para isso, evidenciar na mente de cada um que se fez presente a importância de reconhecer todos esses contextos e saber lidar humanamente com essas situações na hora de produzir um relato crítico informativo acerca deste fenômeno social e traçar um perfil honesto sobre uma pessoa refugiada. É preciso cada vez mais que o jornalista ou comunicador, seja acolhedor e empático frente a essa temática, vendo nas pessoas refugiadas um semelhante em dificuldades e não apenas um personagem para um relato dramático. O jornalista precisa ser atualizado, considerando a ética profissional e humanitária”, frisou.

O evento começou às 08:30 e encerrou às 12h. Ao final das apresentações, a equipe do ACNUR-Brasil representada pelos jornalistas Miguel Pachioni e Paula Mariane, respondeu algumas perguntas da plateia e disponibilizou um guia impresso para comunicadores sobre Cobertura Humanitária a todos os presentes. A FIC está sempre atenta aos fenômenos de transformação social e busca, na medida do possível, essas parcerias para disponibilizar à comunidade acadêmica e/ou ao publico em geral, encontros de reflexão sobre temas socialmente relevantes como este. Ao longo dos seus sete anos de existência, a Faculdade já foi protagonista de vários encontros e/ou eventos acadêmicos tanto no âmbito local, como no regional e nacional.

      

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