GICA realiza estudos em informação para combate à pandemia
Série: Pesquisa em movimento: conheça as atividades dos grupos de pesquisa durante a Pandemia.
Por Cristiane Barbosa, texto
Fotos: acervo do GICA
O Grupo de pesquisa Gestão da Informação e do Conhecimento na Amazônia (Gica) tem desenvolvido diversas frentes de trabalho durante a quarentena. Para não deixar os projetos e pesquisas paradas o grupo tem realizado reuniões semanais para atualização das pesquisas desenvolvidas pelos pesquisadores e estudantes do grupo. Um dos subgrupos de trabalho tem desenvolvido uma pesquisa sobre patentes e constatou a existência de 1.329 patentes em domínio público para o Coronavírus e destas 20,14% estão relacionadas a antivirais, sendo a China o país que possui mais depósitos desta natureza. O estudo, desenvolvido com apoio do software Orbit.com, segue agora para uma análise mais aprofundada com o intuito de dimensionar maiores conhecimentos sobre estas tecnologias.
A líder do grupo, professora Célia Simonetti, informou que muitas das substâncias químicas empregadas hoje, para combater os sintomas da enfermidade, têm medicamentos que possuem sua tecnologia protegida por patentes, o que implica em um direito de uso para seu proprietário. Assim, o direito de propriedade existe por um período determinado que, ao finalizar, permite que qualquer pessoa possa empregar a tecnologia resguardada. “É neste nicho que seguem os estudos do GICA: uma investigação sobre as patentes vencidas, cujo conhecimento se encontra em domínio público e pode ser apropriado para o combate à doença”, esclareceu.
O trabalho não descansa durante a quarentena
Em isolamento social, os pesquisadores do Gica continuaram com as atividades científicas, atuando no desenvolvimento de estudos, lives on-line e em parcerias institucionais, cujo contexto abrange a pandemia e no monitoramento de recursos, serviços e fontes de informação. A ideia é auxiliar a comunidade científica e a sociedade a compreender e lidar com este momento de crise, mitigando os processos de desinformação que afetam a sociedade.
Outra pesquisa que está sendo realizada pelo Gica é sobre o uso da hashtag #coronavirus e instituições científicas no Twitter, desenvolvida em parceria com Leandro Okimoto (Icomp/Ufam). O objetivo é mapear os tuítes a partir da hashtag no Brasil e caracterizar as postagens quanto aos principais assuntos discutidos e a relação com as notícias na mídia. Os resultados apontam maior incidência de comentários relacionados às questões políticas concentradas no papel do Estado e na atuação dos governos e atores políticos no combate à Pandemia.
Simonetti, em entrevista ao Portal da FIC, também informou que uma terceira pesquisa do Gica consiste na identificação de redes colaborativas em torno do tema Coronavírus (Covid-19) a partir da extração de dados da Plataforma Lattes. Os resultados preliminares trazem a estratégia da pesquisa com a definição dos termos de busca que foram utilizados na base de currículos da Plataforma Lattes, dentre os quais: SARS-CoV-2 (23 resultados); Covid-19 (66 resultados); 2019-nCoV (16 resultados); Coronavírus (734 resultados) e Corona Vírus (90 resultados). Essa estratégia gerou um total de 96 pesquisadores. A pesquisa agora aprofunda a análise das redes dos dados levantados.
Lives temáticas
Além destas pesquisas, o Gica tem realizando lives com temáticas pertinentes ao seu foco de atuação. Sete foram projetadas para que os profissionais que operam no contexto da Rede Norte de Repositórios Institucionais (Norte/RIAA), coordenada pelo Grupo, tivessem contato com o resultado de pesquisas que venham a impactar no desempenho da Rede ou temáticas relevantes para seu desenvolvimento.
Sobre o grupo
O Gica da Faculdade de Informação e Comunicação da Universidade Federal do Amazonas, conta com 22 profissionais de diferentes instituições e com distintas formações. A missão é de contribuir para o fortalecimento do gerenciamento informacional como um recurso estratégico para a promoção da inovação e o aumento de competitividade das organizações, sobretudo no contexto Amazônico, por meio de reflexões sobre a identificação da necessidade, obtenção, tratamento, distribuição e utilização de informações internas e externas.
Saiba mais sobre o grupo em: gica.ufam.edu.br.
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